
Palácio de Cristal
Pavilhão que representa a arquitetura da Revolução Industrial ou do Ferro, que adquiriu importância a partir da Exposição inglesa de 1851. Compõe-se de estrutura metálica, planta em cruz, com área de 224m2, vedado com placas de vidro. Chegou ao Brasil em 1879, inteiramente desmontado, sendo a primeira construção pré-fabricada aqui instalada, inaugurada em 1884. Foi produzido nas oficinas de Saint-Saveur-les-Arras, na França, e montado no Brasil pelo engenheiro Eduardo Bonjean, com a finalidade de abrigar exposições de produtos da região. Após a República, o pavilhão continuou com vida movimentada, abrigando bailes, museu histórico, rinque de patinação e até corpo de bombeiros.
Na Praça Koblenz ou da Confluência é uma das principais praças previstas no plano urbano de Petrópolis de autoria do Major Júlio Frederico Köeler. Arborizada densamente, recebeu por certo tempo o nome de Passeio Público, sendo local de realização de exposições hortícolas, nos anos de 1875 até 1877.
Em 1884, com o fim de abrigar melhor estas exposições que se tornaram constantes, foi importado e montado um pavilhão, o Palácio de Cristal. O Palácio de Cristal foi construído nas oficinas de St. Sauver-les-Arras, na França, por encomenda do Conde D’Eu, então Presidente da “Sociedade Agrícola de Petrópolis”. Sua finalidade seria a de servir como pavilhão para as exposições de flores e produtos agrícolas que aquela Sociedade já vinha promovendo desde 1875.
Em 1879, mais precisamente no dia 2 de fevereiro, sua pedra fundamental foi lançada, cabendo ao Engenheiro Eduardo Bonjean a tarefa de acompanhar a montagem do Palácio de Cristal na Praça Koblenz (ou Praça da Confluência), em Petrópolis. Sua inauguração foi realizada no dia 2 de fevereiro de 1884, com um grandioso baile, que contou, inclusive, com a presença maciça de toda a Corte Imperial brasileira. Em abril do mesmo ano, foi realizada a 4ª Exposição promovida pela Sociedade Agrícola e Hortícola de Petrópolis”, que se repetiram anualmente até 1886.
Após a Proclamação da República, o Palácio de Cristal foi relegado a segundo plano, entrando em decadência. Em 1938, serviu o Palácio de Cristal de sede para o Museu Histórico de Petrópolis, por iniciativa do Dr. Alcindo Sodré. Criado o Museu Imperial, de novo fica vazio o importante imóvel.
Em 1957, durante as comemorações centenárias da cidade de Petrópolis, voltou o famoso pavilhão a reviver dias faustosos, com a realização de uma exposição histórica, e na parte externa, uma exposição industrial de Petrópolis.
Por muito tempo ficou o Palácio sem qualquer finalidade, entregue ao desgaste do tempo, até que em 1970, iniciou-se uma série de restaurações, incluindo os jardins. Exemplo típico de arquitetura dita “das grandes exposições”, surgidas com a Revolução Industrial, no século passado, o Palácio de Cristal consiste em pré-moldado em estrutura metálica, formando cruz com braços retangulares nas laterais e em hemiciclo na frente e nos fundos com vãos preenchidos por vidros transparentes (originalmente, consistiam em cristais “bisotados” importados da Bélgica).
Atualmente é administrado pela Prefeitura de Petrópolis, sendo utilizado para diversas exposições promovidas pela Prefeitura ou por iniciativa particular.