
Parque Lage
HISTÓRIA
A área onde se localiza o Parque Lage faz parte do antigo Engenho de açúcar d’El Rei, às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, região de densa vegetação e muito aprazível, que caiu nas graças de D.João.
Nas suas imediações iria ser construída uma fábrica de pólvora e o Jardim de Aclimação, hoje nos domínios do Jardim Botânico.
Em 1840, John Tyndale, paisagista inglês, foi contratado para transformar a antiga fazenda colonial em uma chácara, com edifício central cercado por jardins ingleses, ruínas e grutas artificiais, partido comum na Europa daquele tempo.
Em 1859, Antonio Lage comprou a propriedade, atribuindo-se o nome que o consagrou: “Parque dos Lages”.
Em 1900, o parque foi deixado como herança para seus três filhos, que o venderam em 1913 para César Rabelo seu proprietário até 1920 quando Henrique Lage, neto de Antonio, conseguiu adquirir o conjunto, devolvendo-o para a família.
O novo dono contratou um arquiteto italiano, Mario Vodret, para reformar o antigo palacete, como a diretriz principal de agradar sua esposa, Gabriela Besanzoni, uma cantora lírica italiana.

Erguido a frente do Parque Lage, nas terras do médico José Mariano Filho, foi um dos belos exemplos do Neo-colonial luso brasileiro. Hoje Demolido.
Mesmo com as novas tendências arquitetônicas vigentes, como o neocolonial presente no Solar de Monjope, localizado à sua frente, na mesma rua, ou art-déco iniciante, o edifício foi projetado conforme uma Villa italiana, adotando o ecletismo classicizante como repertório dominante: pórtico destacado com arco romano; um pátio interno com piscina, à feição do impluvium, arrematado por torreão; espaços internos profusamente decorados, com destaque para o suntuoso banheiro em mármore rosa e preto.

Piscina interna da Residencia de Henrique Lage
Existe uma relação formal entre a vila e o pavilhão italiano construído na Exposição Internacional do Centenário da Independência, realizada na Praça XV, em 1922.
A tradição e o noticiário registram nababescas festas ocorridas no palacete, com audição de ópera da proprietária na torre, para os convidados na piscina, além de outros comentários mais audaciosos.

A residencia, ainda e usada para grandes eventos como Casamentos.
Devido a muitas dívidas, Lage gradativamente se desfez de parte de seu patrimônio, entre eles o Parque.
A partir daí, a área verde foi objeto de várias demandas judiciais, como a compra pela Rede Globo, que implicaria em destruição para construção de edifícios.
Para sua preservação, o governador Carlos Lacerda, através do patrimônio estadual iniciante, promoveu seu tombamento, desapropriação e conversão em um parque aberto ao público.
O edifício, a partir de 1966, passou a abrigar escolas de artes visuais, ainda em atividades.

Vista do Parque e Residencia de Henrique Lage, do fotografo: Alexandre Salem.
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